Sebastião Madeira, e sua missão de agrupar até contrários
11/03/2023 18:38 em Política

O secretário da Casa Civil, Sebastião Madeira, fez uma análise do novo momento político que governo do Maranhão está passando

 

Por: Raimundo Borges  (O imparcial)

Para o secretário da o governador Carlos Brandão (PSB) os diferentes setores da política, do empresariado e da sociedade civil “pela sua capacidade de agregar, de juntar e de unir até os contrários”.

 

Madeira analisou o simbolismo do ato de posse, nomeação dos secretários e o anúncio de vários projetos para a Imperatriz e região tocantina, como uma mensagem passada por Brandão a todo o Maranhão. “Foi um imenso prestígio para Imperatriz, mas ele simboliza que vai valorizar todos os municípios”. Madeira destacou também o seu papel no governo e como age para ajudar o governador na articulação política.

 

– Como político experiente, acumulando quatro mandatos de deputado federal e dois de prefeito de , qual a sua expectativa em relação a 2024? O senhor pode disputar a eleição para prefeito em sua cidade?

Sebastião Madeira – Imperatriz é uma cidade extraordinária, pela vitalidade, dinamismo econômico, sem . Eu digo sempre que todo mundo que vai para Imperatriz quer ficar rico. Pode até não ficar, mas quer. E isso estimula as pessoas. Tem gente que começa vendendo panelada, depois compra uma terrinha e vai criar gado e dali cresce. Eu devo tudo em política a Imperatriz, minha base sempre foi lá. Porém, acho que meu papel na política local já foi cumprido. Não pretendo concorrer a nada em 2024. Continuo trabalhando por Imperatriz onde estou tentando influenciar ações regionais. Ano passado foram 70 km de asfalto. Quando o governador me perguntou o que poderia fazer por Imperatriz, eu disse: “Governador, vamos ter uma festa grande lá e a festa não ficará completa se não anunciarmos benefícios para a cidade. Ele anunciou recuperação de 50 km de asfalto e a aceleração das obras do hospital que está sendo construído lá”.

 

“Estamos recriando o PSDB”, diz Madeira

 

Como tem sido a sua presença na articulação do Governo com os outros poderes? Por exemplo, com a Assembleia Legislativa?

O meu papel é mais ou mesmos estar costurando, sendo a argamassa que une o governo. Confesso que me preparei a vida toda para um cargo como esse. Como deputado, como prefeito. E tem sido extremamente gratificante realizar esse trabalho. Às vezes eu saio daqui às 10h da noite e as pessoas perguntam: ‘Madeira, tá cansado?!’. Eu digo: “Não, quem faz o que gosta não cansa nem trabalha”.

 

O que pode se considerar como ponto de partida para os próximos quatro anos da gestão Carlos Brandão, iniciada em janeiro?

O governador Brandão tem surpreendido muita gente com a sua capacidade de agregar, de juntar, de unir até os contrários. E esse ato de posse que ele fez em Imperatriz foi extremamente simbólico: ele passou uma mensagem para todo o Maranhão que os olhos dele não estão voltados apenas aqui para a região metropolitana. Ao fazer o ato em Imperatriz, claro que é um imenso prestígio para a cidade, mas ele simboliza que vai valorizar todos os municípios do Maranhão. É um governador que o povo do Maranhão sente a proximidade; é um governador próximo das pessoas.

 

Qual é o maior desafio da gestão Brandão, num dos estados considerados mais pobres do Brasil?

Ele tem conversado em todo lugar que vai atuar em duas pontas: uma é ajudando as pessoas em vulnerabilidade social – mantendo e ampliando os restaurantes populares, criando programas de mais renda, programas sociais, estimulando cada vez mais a educação e a capacitação das pessoas para o trabalho. E uma área muito importante, que é o empreendedorismo: estimular a produção de renda e de riquezas. Porque não se combate a pobreza apenas dando o peixe, tem que ensinar a pescar. Tem que ter o lago que tenha o peixe. E, no caso, são empresas, geração de riquezas, empresas que produzem dando oportunidade para que todos possam gerar mais empregos. Unindo essas duas pontas, vai conseguir melhorar o Maranhão e melhorar os índices.

 

Imperatriz sempre levantou a bandeira da separação, de se emancipar politicamente do restante do estado. Essa bandeira foi enterrada definitivamente, Dr. Madeira?

Hoje a Constituição Brasileira praticamente impossibilita até a criação de municípios quanto mais a criação de estado! É tanto que no Pará foi aprovada a realização do plebiscito para criar o estado de Carajás e outro estado que incluía Santarém mas foi derrotado fragorosamente, porque o plebiscito é em todo o estado. Então essa é uma ideia superada e hoje o que nós temos é que integrar o Maranhão todo. O povo de Imperatriz e do sul do Maranhão já chegou a essa conclusão. O nosso caminho é integrar o Maranhão e todo mundo se sentir participante do mesmo estado, do mesmo projeto.

 

A relação entre o governo e o senador e ministro da Justiça Flávio Dino continua intocável? Tem se falado muito em arranhões nessa relação, que não seria mais como quando ele foi vice-governador.

A convivência do governador Brandão com o ministro da Justiça Flávio Dino foi construída em bases muito sólidas. O governador Brandão foi vice com uma ação absolutamente impecável. O próprio Flávio Dino destaca isso em todos os momentos, até na posse lá no Ministério. E, por outro lado, o ministro agora em nível federal pode e vai dar uma imensa contribuição para o Maranhão. É um privilégio para o Maranhão voltar a ter um político de porte nacional de Flávio Dino, como já teve no passado com o presidente Sarney. Dino tem postura de estadista, Então, em toda a convivência tem uma fofoca, uma fake news, mas a relação entre os dois é permanente, perene.

 

O senhor tem um histórico no PSDB, assim como o governador Brandão. Como será essa reorganização do partido no Maranhão, onde praticamente sumiu?

Eu fui filiado em 1988, quem assinou minha ficha de filiação foi Mário Covas, lá em Imperatriz. De lá, eu disputei onze eleições, todas pelo PSDB, ganhei seis, perdi cinco. Nunca saí do partido. Agora o governador Brandão, conversando com o governador do Rio Grande do Sul e presidente nacional do PSDB, Eduardo Leite, e com o Bruno Araújo, que é o presidente da Federação PSDB/Cidadania, eles me convidaram para refundar o PSDB no Maranhão. Eu aceitei o convite e estamos começando a parte burocrática. Estamos recriando o PSDB pra acolher aquelas pessoas que não querem ficar na esquerda nem direita extrema. E o PSDB é um partido que está no meio, no centro. Mas não é o Centrão. Nunca achei que tivesse tanto “tucano” hibernando. Desde que explodiu essa notícia, tenho recebido ligações de muitas cidades.

 

Fonte: O imparcial

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