Após divergências, plenário do STF julgará soltura de chefe do tráfico
13/10/2020 08:26 em Política

 

Confira as principais notícias do dia

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, vai levar ao plenário da Corte, na sessão de quarta-feira, o caso que resultou na soltura do traficante André Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos chefes de facção criminosa paulista, informa Merval Pereira. Segundo o governo de São Paulo, André do Rap fugiu do país após o habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello.

A libertação do traficante movimenta os bastidores do Supremo. Alguns ministros criticaram a atitude de Fux, no sábado, de suspender os efeitos da decisão de Marco Aurélio. Ao mesmo tempo, avaliam que Marco Aurélio poderia ter solicitado mais informações e evitado a soltura de um chefe do tráfico de drogas. Entenda as divergências no Supremo.

No Congresso, a soltura fez parlamentares pressionarem pela reabertura da comissão especial que trata da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.

Argumento para a soltura de André do Rap, a revisão da prisão preventiva a cada 90 dias foi instituída no âmbito do pacote anticrime, em 2019. Associações de juízes e de membros do Ministério Público divergem sobre a responsabilidade perante a nova regra.

No ano passado, o Ministério da Justiça, comandado à época por Sergio Moro, recomendou o veto ao trecho que serviu como base para a liberação de André do Rap, mas o texto foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, que afirmou não poder dizer sempre “não” ao Congresso.

Efeito colateral: também traficante e condenado no mesmo processo de André do Rap, Gilcimar de Abreu, chamado de Poocker, pediu ao ministro Marco Aurélio para ser solto sob o mesmo argumento. 

Queda de juro leva crédito imobiliário a crescer 44%

A combinação de juros em níveis mínimos, preços baixos dos imóveis, crédito farto e a poupança em patamar recorde criou as condições para a retomada do setor imobiliário no país. O sinal mais evidente do bom momento aparece no crédito para pessoas físicas, que aumentou 44% de janeiro a agosto deste ano, comparado a 2019, chegando a R$ 51,3 bilhões, segundo associação de entidades do setor.

Com o aumento da procura, o valor de venda dos imóveis residenciais começou a subir: 0,53% em setembro em comparação a agosto, a maior alta em seis anos.

 

Fonte: O globo

COMENTÁRIOS